Quem é que muda o mundo?
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Os filósofos antigos diziam que para nos realizarmos plenamente como seres humanos nós precisamos galgar três estágios na existência.
O primeiro é estágio da sobrevivência. Ter o que comer, o que vestir, onde morar, enfim, ter o que chamamos de gêneros de primeira necessidade.
O segundo, é viver com conforto. É quando não só comemos, mas comemos bem; não só nos vestimos, como nos vestimos bem; não só moramos, como moramos bem…
Mas acontece que ninguém que se contenta em permanecer nesses dois estágios muda o mundo.
Os que estão no primeiro estágio gastam tanta energia tentando sobreviver, que não têm forças nem lhes sobra tempo para mudar o mundo.
Os que vivem confortavelmente também não mudam o mundo, porque estão confortáveis e, para eles, o mundo está bom do jeito que está.
Os que mudam o mundo são os que conseguem chegar ao terceiro estágio da existência.
São aqueles e aquelas que se ocupam daquilo que os filósofos chamam de “coisas verdadeiramente importantes”.
Nesta categoria se encontram os cientistas, que ao perguntarem como as coisas funcionam, conseguem descobrir como elas podem funcionar melhor.
Pense em Galileu, Copérnico e Isaac Newton; Marie Curie, Darwin, Louis Pasteur; Einstein, Carl Sagan e Stephen Hawking…
Nessa categoria dos que mudam o mundo também estão os filósofos, que ao perguntarem pelo porquê das coisas, também se perguntam por que não podem ser diferentes.
Sócrates, Platão e Aristóteles; Voltaire, Rousseau e Descartes; Nietzsche, Kant e Wittgenstein…
Na categoria dos que transformam o mundo estão ainda os artistas, porque em sua busca pela beleza acabam deixando o mundo mais belo.
Leonardo da Vinci, Rafael e Michelangelo, Van Gogh, Picasso e Salvador Dali; Bach, Mozart e Beethoven…
Alguém já disse que a beleza é a sombra de Deus no mundo.
E por falar em Deus, também é verdade que alguns religiosos mudam o mundo. Ao menos os que creem num Deus bom e justo. Pois, crendo num Deus bom e justo, também lutam para que o mundo seja bom e a humanidade seja justa.
Jesus, Santo Agostinho e Sidarta; Francisco de Assis, Clara e Santa Tereza; Gandhi, Albert Schweitzer e Martin Luther King, Desmond Tutu, Gustavo Gutierrez e Madre Tereza de Calcutá…
Por causa dessas pessoas, o mundo nunca mais foi o mesmo.
Não se contentavam em estar biologicamente vivos, mas queriam ser existencialmente plenos.
E você? Em que investe seu tempo? No que aplica seus recursos? Com o que gasta sua energia!
Olhe pela janela: há um mundo inteiro, logo ali, esperando que você venha mudá-lo.
Bons estudos.
Luiz Carlos Ramos
Luís gostei. Muito bom como sempre.