A caminho da Páscoa
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Na última quarta-feira, iniciamos com Cristo, simbólica e liturgicamente, nossa “Via Crucis”.
Durante quarenta dias, trilharemos as sendas áridas do deserto da alma humana, orando, jejuando e praticando a solidariedade.
Nossa melhor oração haverá de ser o silêncio contemplativo e a ausculta atenta do que Deus tem a nos dizer, entre um sopro e outro da suave brisa do Espírito.
Nosso melhor jejum será o dos pensamentos perversos, das palavras ofensivas e dos gestos violentos.
A solidariedade autêntica será aquela que estende a mão à mais pequenina, frágil e ameaçada criatura do planeta e da nossa vizinhança.
Nesse tempo de recolhimento, nos absteremos de extravagâncias, de interjeições efusivas, de gestos bruscos e ameaçadores…
… até aquela ensolarada manhã Pascal, na qual se ouvirá o grito de júbilo anunciando que a Vida venceu a morte.
Por enquanto: Oração–jejum–esmolas serão os sinais da nossa reconciliação com Deus, conosco mesmos e com o próximo.
Via Crucis: Tempo de comtemplação de Deus no próximo, refletidos no nosso próprio olhar.
Via Crucis: uma estrada e uma cruz nos esperam.
«Se alguém quiser me acompanhar,
negue-se a si mesmo,
tome a sua cruz
e me siga.»
(Mc 8.34 LCR)
Rev. Luiz Carlos Ramos †
Por uma igreja de mentes abertas, corações abertos e braços abertos
Para a Quaresma
| Ano B, 2018